“No outro dia, li no jornal que um homem se tinha divorciado sete vezes e, consequentemente, se tinha casado também sete vezes. No final, quando já tinha noventa anos, foi a correr casar-se outra vez com a primeira mulher. É isto o amor. Nunca cheguei a perceber se a vida é uma coisa séria ou apenas uma farsa.
August Strindberg in “Dança da Morte”
Dança da Morte fala-nos de nós, da crise do íntimo e do jogo perigoso que consiste em procurar no outro a culpa das nossas escolhas e falhanços individuais. Retrato diabólico e desolado da vida de um casal, fechado no espaço claustrofóbico de uma sala e isolado do mundo, fala-nos de identidade e de carácter, desse jogo infinito entre o medo e o desejo. Miguel Guilherme, Isabel Abreu e Sérgio Praia defrontam-se numa releitura intensamente realista e psicológica deste drama íntimo, um texto fundador da dramaturgia contemporânea que marca o regresso de Marco Martins ao palco do São Luiz.
de August Strindberg
tradução João Paulo Esteves da Silva
encenação Marco Martins
com Isabel Abreu, Miguel Guilherme e Sérgio Praia
figuração Mariana Mestre e Pedro Cruzeiro
cenografia Artur Pinheiro
figurino Isabel Carmona
desenho de luz Nuno Meira
sonoplastia ameba
fotografia José Frade
direcção de produção Narcisa Costa
administração Arena Ensemble Marta Delgado Martins
co-produção Arena Ensemble e São Luiz Teatro Municipal
classificação etária M/12
duração 2h10
estreia 25 de Outubro de 2012, São Luiz Teatro Municipal, Lisboa
agradecimentos Act – Escola de Actores, Galeria Quadrum, José Pedro Sousa, Maria Almeida, Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Nacional D. Maria II, Patrícia Vasconcelos e Tiago Carvalho
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