Um charuto no Pólo. Verdadeiramente fantástico.
A Conquista do Pólo Sul foi escrita no final dos anos 80, antes da queda do muro de Berlim, e conseguiu sobreviver à explosão das novas linguagens teatrais, ao adormecimento da ilusão, às novas escritas meta-teatrais, às releituras dos clássicos, e até às mutações sociais da Europa. Numa combinação de classicismo e contemporaneidade, realismo e artifício, prosa e verso, a peça resulta de um jogo altamente teatral “despolossulizado” pela energia anárquica daqueles que vão sendo marginalizados pelo sistema. Encontramos num sótão quatro amigos - por quem poderíamos igualmente passar na rua - destruídos pelo empobrecimento, pelo desemprego, pelo vazio que ocupa o lugar do futuro. O sótão no teatro - ou o teatro no sótão - serve de moldura que enquadra a nossa atenção, dando-nos por um período de tempo, naquele lugar, a possibilidade de reconhecer a esperança que, de outra maneira, ao passar na rua indiferentes, não poderíamos descobrir. Slupianek, o grande explorador do Pólo Sul no frigorífico conduz-nos de arma na mão e Roald Amundsen debaixo do braço, em busca do caminho da vitória por entre a roupa do estendal, tachos e pombas. Numa viagem épica pelo sonho, os amigos encontram o caminho da reconstrução das suas vidas domésticas e a fé de que algo de bom poderá vir.
de Manfred Karge
tradução Helena Topa
encenação Beatriz Batarda
colaboração artística Marco Martins
com Ana Brandão, Bruno Nogueira, Flávia Gusmão, Miguel Damião, Nuno Lopes, Nuno Nunes e Romeu Costa
cenografia Wayne dos Santos
figurino Isabel Carmona
movimento Victor Hugo Pontes
desenho de luz Nuno Meira
sonoplastia Sérgio Milhano
direcção musical Nuno Rafael
fotografia Estelle Valente
assistente de desenho de luz Cárin Geada
direcção de produção Narcisa Costa
assistente de encenação e produção Carolina Serrão
administração Arena Ensemble Marta Delgado Martins
um projecto Arena Ensemble
produção São Luiz Teatro Municipal
co-produção Centro Cultural Vila Flor
classificação etária M/14
duração 2h15
estreia 7 de Abril de 2016, São Luiz Teatro Municipal, Lisboa
agradecimentos Victor Hugo Pontes, Sérgio Milhano e Ministério dos Filmes
apoios Cabelos WIP-Hairport, Peris Costumes – Maria Gonzaga Guarda Roupa
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