Encenação
Com
“Escrevo peças porque o diálogo é a forma mais respeitável de me contradizer”, afirmou um dia Tom Stoppard, autor britânico que conquistou a linha da frente da dramaturgia contemporânea com Rosencrantz & Guildenstern estão mortos (1966), “comédia de ideias” que coloca numa deriva existencialista duas personagens secundárias do Hamlet de Shakespeare. Enviados pelo tio do Príncipe da Dinamarca para conter a ira do sobrinho e desvendar a origem da sua loucura, Rosencrantz e Guildenstern veem-se perdidos na sua missão, incapazes de descodificar o mundo que os rodeia, bem como a geografia do lugar que ocupam naquela intriga. A caminho de Elsinore, que é o nome do lugar onde o teatro se pensa a si mesmo, perguntam-se “Quem somos?”, interrogação que serve de mote para desencadear uma reflexão em cena sobre os labirintos da identidade e a vertigem da representação. No centro desta inquirição estão, ainda e sempre, os actores, essas criaturas que, sendo tantas, são “o mesmo lado de duas moedas” ou “os dois lados da mesma moeda”.
de Tom Stoppard
tradução João Paulo Esteves da Silva
encenação Marco Martins
com Beatriz Batarda, Bruno Nogueira, Gonçalo Waddington, Joana de Verona, Jorge Mota, Nuno Lopes, Pedro Cruzeiro, Romeu Costa
e Alexandre Calçada, Ana Mafalda Pereira, Ana Maia, Carolina Amaral, Fábio Costa, Luís Puto, Maria Quintelas, Ricardo Soares, Tiago Sarmento (ESMAE, elenco no TNSJ) e Alice Medeiros, Inês Gonçalves, Joana Chandelier, Luís Moreira, Mafalda Jara, Marc Xavier, Miriam Santos, Susana Gomes ACT (elenco no CCB)
música original (ao vivo) Noiserv
cenografia Artur Pinheiro
figurino Isabel Carmona
desenho de luz Nuno Meira
direcção de produção Narcisa Costa
assistente de produção Pedro Cruzeiro
administração Arena Ensemble Marta Delgado Martins
fotografia João Tuna
co-produção Arena Ensemble, Teatro Nacional S. João e Centro Cultural de Belém
colaboração ESMAE e ACT
classificação etária M/12
duração 2h30 com intervalo
estreia 11 de Abril de 2013, Teatro Nacional São João, Porto
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